falar do calor abrasador que assolou o norte do país (presumo que não tenha sido só no norte, mas pronto!). Podia dissertar sobre a quantidade e qualidade das zonas verdes de Famalicão e de como as pessoas as usufruem. Podia elogiar até à exaustão os croissants da Residencial. Podia tecer considerações sobre os belos edifícios e fachadas de Braga. Podia falar da envolvente pronuncia das pessoas e de como são simpáticas. Podia dizer que comprei uns ténis numa das imensas sapatarias da zona. Podia falar da minha compincha de viagem e de como é sempre bom tê-la por perto… Mas o cerne da questão está no objectivo desta viagem: Rufus Wainwright. Se ouvi-lo em disco é fantástico, ao vivo é, no mínimo, arrepiante. Muito comunicativo e com um sentido de humor corrosivo. Um piano e uma viola bastam. Aquela voz é uma bênção dos deuses… Adorei!
segunda-feira, junho 30, 2008
quinta-feira, junho 26, 2008
quarta-feira, junho 25, 2008
terça-feira, junho 24, 2008
Uma Frágil Redoma
Estava longe, bem longe. Desligado da realidade. Experimentava um estado latente de inércia e bem-estar. Respirei fundo. Acomodei-me no assento e esperei pela partida. A música, colada aos meus ouvidos, contribuía para esta espécie de realidade paralela. Uma mulher, idosa, sentou-se ao meu lado. Pelo canto do olho percebi que estava a olhar para mim. Tentei disfarçar. Peguei no telemóvel e ajustei os headphones. Pressenti que aquela companheira de viagem não ia ser a mais silenciosa. Temi que a minha redoma fosse quebrada. O vidro era tão frágil, tão frágil, que se partiu rapidamente. A senhora, de cabelo alvo, mexia os lábios na minha direcção. Parei a música e passei o resto da viagem a falar com a D. Maria, simpática e prestável. O percurso foi rápido, a conversa fluiu e acabei por receber um sorriso de despedida…
segunda-feira, junho 23, 2008
sexta-feira, junho 20, 2008
quinta-feira, junho 19, 2008
quarta-feira, junho 18, 2008
terça-feira, junho 17, 2008
Contas do Passado
Não sei se alguma vez vou deixar de fazer a conversão entre o euro e o escudo. Principalmente quando pago € 0,60 por um café e penso que acabei de desembolsar 120$00, ou quando pago € 5,40 por um bilhete de cinema e chego à conclusão que voaram 1.082$00…
(E os bens essenciais? Nem vou por aí... é demasiado deprimente.)
segunda-feira, junho 16, 2008
***
(Legenda para as críticas cinematográficas de trazer por casa: o Tétrico * Mais valia ter ficado no sofá ** Vê-se! *** Bom **** Épá! Isto é muito bom ***** O supra sumo da barbatana!)
quinta-feira, junho 12, 2008
quarta-feira, junho 11, 2008
O(s) Bailarico(s)
Está aberta a época do bailarico. Não há cidade, vila ou aldeia que não tenha um palco instalado com as inevitáveis bancas para os comes e bebes, as tradicionais quermesses e afins. A decoração é ponto de honra e a divulgação das atracções musicais idem. Geralmente os conjuntos são de música popular, o rancho folclórico marca quase sempre presença e muitas vezes a banda filarmónica da sociedade recreativa também. Na dança as mulheres são rainhas e senhoras, à falta de par masculino, formam dupla com outra mulher, não há cá espaço nem disposição para discriminações sexuais, o que interessa é fazer o gosto ao pé. Agora, se fossem dois homens a dançar, parece-me que o apedrejamento no centro do baile seria o final mais previsível. As crianças, insuportáveis de excitação, correm descontroladamente por todo o recinto, rubras de êxtase. Ainda estamos no início de Junho, lá para Agosto atinge-se o clímax…
segunda-feira, junho 09, 2008
sexta-feira, junho 06, 2008
quinta-feira, junho 05, 2008
quarta-feira, junho 04, 2008
Hoje Há Caracóis...
terça-feira, junho 03, 2008
segunda-feira, junho 02, 2008
A Magia da Rádio
Sempre gostei de imaginar a pessoa para aquela voz que tanto ouvia na rádio. Uma voz forte e colocada podia pertencer a alguém franzino e de aspecto débil e uma voz frágil, reticente podia perfeitamente pertencer a alguém de aspecto mais rijo, consistente… a maior parte das vezes o mistério desvendava-se numa qualquer reportagem televisiva ou numa matéria de jornal. Já não era o mesmo, sempre que ouvia aquela voz associava à pessoa e perdia-se a magia da rádio. Hoje é quase impossível não conhecer os animadores da rádio, se não trabalham em televisão, espetam com uma webcam no estúdio como se a rádio tivesse uma janela por onde toda a gente pudesse olhar…
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