quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Que velho serei quando chegar à reforma?

Irei jogar à sueca no jardim com reformados amigos? Irei inspeccionar e comentar as obras públicas do meu bairro? Irei gastar a reforma nas slot machines do Casino do Estoril? Irei, ocultado nas dunas, mirar corpos desnudos na praia? Irei sentar-me no sofá com uma mantinha agarrado à tv? Irei em excursões temáticas pelo nosso belo Portugal? Irei definhar abandonado num lar de quinta categoria? Irei ser maltratado por imberbes insolentes? Irei ser um fardo para os meus familiares? Irei ser burlado por charlatães? Irei ser feliz e respeitado?

Não sei…

4 comentários:

indigente andrajoso disse...

quando morrer não quero ser velho...

http://indigenteandrajoso.blogspot.com/2007/10/quando-morrer-no-quero-ser-velho.html

Custódia C. disse...

Nem sei que te diga.
O futuro é uma incógnita e pode ser tudo isso que aí referes. É triste pensar que, na maior parte dos casos, ninguém se interessa pelos seus velhos. A verdade é que, muitas vezes, temos que abdicar de muito, para nos podermos ocupar deles. A convivência nem sempre é fácil. No entanto há que ter uma coisa em mente. Em grande parte das nossas vidas, eles estiveram lá quando nós precisámos, por isso tem que haver um retorno, verdade? Envelhecer faz parte do processo da vida. Perder faculdades também. Vai acontecer-nos a todos, um dia. Esse é um pensamento que tenho muitas vezes presente :)

Capitão Gancho disse...

Sei eu...

Vais ser um velho como os outros, sem noção que são velhos...e por isso a agir como crianças...

Eu acho é que vais pôr muitas nódoas na roupa...

de resto, desde que não vás para as dunas, desnudar-te a ti próprio...

(poupa os mortais inofensivos á fatalidade dessa visão)

ah ah ah ah

Suzi disse...

Que mais dizer depois das sábias e muito bem postas palavras da minha querida Ccc?
Assino tudinho, tudinho, embaixo.
;)