Não esperava vê-la. Fui totalmente surpreendido com a sua presença. Sinceramente supus, variadíssimas vezes, que ela um dia pudesse aparecer. Mas desejei que esse dia nunca chegasse… Ericei-me, senti um arrepio que percorreu todo meu corpo. Comecei imediatamente a imaginar formas de a evitar, de acabar com aquela presença indesejável. Senti-me num duelo desigual no qual eu era claramente o elo mais fraco. Tentei não desesperar e aguardei que ela decidisse retirar-se, silenciosamente, tal como apareceu – sem aviso prévio ou convite para visitar. Ela adora o calor, gosta de se manter no fresco das flores e na humidade da terra, aparece sempre ao entardecer, pela fresca. Com as suas patas porosas, escala a parede num ápice. A sua pele repelente, viscosa e a sua língua ávida por insectos. Bem sei que a sua presença evita o pulular desses pequenos e irritantes seres que se alimentam do nosso sangue. Simplesmente odeio osgas, repugnam-me! Voltei à janela e lá estava ela, impávida e serena, monstruosa e asquerosa. Decidi não pensar mais nela e fechei o estore até ao limite. Provavelmente ela não estará só, terá a sua família… osgas bebés e afins. Com certeza que ela voltará, mas decidi não preocupar-me, vou ignorar a sua presença e retirá-la dos meus pensamentos. A coisa vai correr bem, tem de correr bem!
4 comentários:
Parece-me que 'ela' não deve voltar. As fêmeas sentem quando não são desejadas...
valha-te a solução da marta r perspicaz devo acrescentar...
Por momentos, pensava que a tua colega tinha voltado... :)
ai, meu pai!!!
e o que são osgas, afinal????
kkkkkkkkkk (ou LOL)
o pior é que falamos a mesma língua. dizem.
:o)
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